05/04/2012 - 19h11
Alckmin escolhe segundo mais votado para chefiar Procuradoria
DE SÃO PAULO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), escolheu o procurador de Justiça Márcio Elias Rosa, segundo mais votado, para chefiar o Ministério Público do Estado.
A lei permite que o governador escolha qualquer um dos três procuradores de Justiça que concorreram na eleição do Ministério Público, não necessariamente o mais votado.
O mais votado na eleição interna do último dia 24 foi o candidato da oposição, procurador de Justiça Felipe Locke Cavalcanti, que recebeu 894 votos e superou o candidato da situação, Márcio Rosa, que foi votado por 838 eleitores.
O procurador de Justiça Mário Papaterra Limongi, também da oposição, conseguiu 445 votos no pleito.
Tradicionalmente, o governador indica para o cargo o mais votado na eleição interna, em respeito à vontade da maioria dos integrantes do Ministério Público.
A última vez em que o mais votado não foi o escolhido foi em 1996, na gestão de Mário Covas (PSDB).
Marcelo Justo - 24.mar.2012/Folhapress | ||
O procurador de Justiça Márcio Elias Rosa, escolhido por Alckmin |
INDEPENDENTE
Locke apresentou-se na campanha como candidato de oposição, "independente" em relação aos grupos do atual procurador-geral, Fernando Grella, e dos antecessores dele, liderado pelo ex-procurador-geral e ex-secretário de Justiça Luiz Antonio Marrey.
"Lutamos contra duas forças tradicionais e fizemos uma campanha de altíssimo nível. Agora vamos aguardar com serenidade a escolha do governador", disse Locke após a apuração.
A candidatura de Locke foi apresentada após ele ter exercido dois mandatos como representante da classe no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em Brasília.
O mandato do procurador-geral de Justiça é de dois anos, com a possibilidade de uma reeleição. Fernando Grella deixará o cargo após chefiar por duas gestões.
Nota do editor: Está mais do que na hora de se prestigiar por meio de EC a autonomia e independência do Ministério Público para que possam eleger o Procurador-Geral de Justiça, sem interferência do Chefe do Executivo, do contrário sempre ficará a possibilidade de se entender que, como outrora, é Órgão do Executivo, por mais que se refute essa máxima. Na pior das hipóteses, que se mantenha em parte o procedimento de escolha, mas com o Chefe do Executivo na esfera estadual e nacional chancelando o eleito mais votado por meio de ato administrativo vinculado. Assim se mantendo o quadro eletivo, fica a impressão que o Executivo quer sempre ter nas mãos o guardião da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário